quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ASSEMBLEIA GERAL 2013

Próxima Assembléia Geral: Dia 17/12/2013 das 18h30 às 20h30.
Pautas: 
Prestação de contas 2013.
Projetos Culturais para 2014.
Integralização de novos associados.

LOCAL: Rua Gerson França 6-66  Centro
Casa de Cultura Celina Neves
Bauru-SP

DIRETORIA GESTORA DA SOCIEDADE AMIGOS DA CULTURA



 DIRETORIA 2013/2015
Presidente: Valsineire Bueno de Castro (atriz e contadora de histórias da Cia Giralua de Artes)
Vice Presidente: Ulisses Sena (Diretor Artístico da Companhia Andanças)
Secretário: Duilio Duka de Souza Zanni (educador e gestor cultural)
Vice Secretário: Rosana Zanni (educadora e gestora cultural)
Tesoureiro: Regina Ramos (atriz e arte-educadora)

blog: www.sociedadeamigosdacultura.blogspot.com  


Reuniões e atendimentos com os membros da diretoria devem ser agendados pelos telefones:

 (14)991944727/996791432 com Val de Castro e/ou

(14) 30164661/997721813 com Regina Ramos.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Projeto Praça Cultura Viva

10/08/13 05:00 - Cultura

Cultura e sustentabilidade juntas

Com projeto artístico e ecológico, Praça Val Rai será liberada à população hoje no Núcleo Geisel

Mariana Cerigatto
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Uma praça muito além de uma simples praça. Um espaço de encontro, trabalho colaborativo, atividades culturais e que visam preservar o meio ambiente. Tudo isso e muito mais é a Praça Val Rai, fruto de uma rede colaborativa de vários profissionais que, juntos, lutaram para a transformação do local, que integra o projeto “Praça Cultura Viva”.
Agora, um momento muito especial chega para todos os envolvidos: a praça será liberada para toda a população hoje, a partir das 13h, no Núcleo Geisel. Na ocasião, a tarde será repleta de atrações e atividades, na própria Praça, que homenageia artista bauruense falecido em 2008, e na Escola Estadual Professor Francisco Alves Brizola, em frente ao local. A solenidade oficial de entrega ainda será marcada pela Prefeitura. 
A Praça conta com 7 mil m² e está localizada entre as ruas Alexandrino Rodrigues, Rua Ivo Giunta, Pedro de Campos e engenheiro João, nos fundos da Escola Prof. Francisco Alves Brizola. Às 14h, será realizada uma visita ao local que deve reunir o prefeito Rodrigo Agostinho e os secretários municipais do Meio Ambiente, Valcirlei Gonçalves da Silva, de Obras, Sidnei Rodrigues, e de Cultura, Elson Reis. “Como a Praça já recebeu passeio público, passarelas, rampas de acessibilidade, 11 bancos de concreto, três conjuntos de mesa e bancos de concreto, entregaremos o espaço à população”, ressalta Valcirlei Silva. Futuramente estão previstas instalação de equipamentos de alongamento, do parquinho bioescultura, restauração do monumento aos ferroviários ali existentes e revitalização do bosque.

Atrações
Malabares, break, apresentações musicais com alunos do Cevac, performances com os artistas Marcílio Nascimento (Chaplin) e Ezequiel Rosa (Realejo) integram a programação. A comunidade ainda está convidada para assistir ao documentário sobre Val Rai, além de vídeo das etapas da “Praça Cultura Viva”. Ainda serão realizadas oficinas de pintura, pipa, trabalhos manuais, entre outras atividades e sorteio de brindes.
Um dos destaques da programação é a entrega da mais nova bioarquitetura, uma espécie de bioescultura: uma “Tartaruga Gigante”, feita com materiais naturais. Vale destacar que a Praça Val Rai é o primeiro espaço público de Bauru que dispõe do trabalho de bioarquitetura.
A liberação da praça encerra a segunda fase do “Praça Cultura Viva “, contemplado pelo Programa Municipal de Estímulo à Cultura e desenvolvido pela Sociedade Amigos da Cultura (SAC). Neste processo, pessoas como Regina Ramos, atriz, José Augusto Marion, comerciante, Olívia Arantes Souza, presidente da Associação dos Moradores do Geisel, Eliane Katayama, arquiteta, e o estudante de arquitetura da Unesp, Raul Sanches, entre outros, foram fundamentais. Parceiros: secretarias municipais de Cultura, Meio Ambiente, Obras e Agricultura, Sesi, Cevac, Escola Professor Francisco Alves Brizola, Shop Tour, Associação de Moradores e Residencial Jardim Olímpico. Apoio: JC e comunidade do entorno.

A praça que é uma graça!
Como seria se uma praça quase abandonada começasse a ser cuidada pela comunidade? E se essa praça, abraçada pelo Núcleo Geisel, começasse a ser um centro de cultura, lazer e esportes? Foi com essas ideias na cabeça que, em 2009, foi lançado o projeto “Praça Cultura Viva”.
Por meio do programa de Estímulo à Cultura, foi realizada a primeira fase do projeto, com oficinas de grafite e bioarquitetura. Além dessas atividades, foi inaugurado o marco inicial na praça: uma bioescultura em homenagem ao artista Valdir Aparecido Raimundo, ou simplesmente Val Rai. Em 2013, o projeto voltou com tudo.

Quem foi Val Rai?
Um apaixonado pela arte, pela natureza e pela vida. Na sua infância em Bauru, Valdir Aparecido Raimundo dançava onde quer que fosse. Era o jeito de mostrar que estava feliz ou que se sentia triste. Quando perdeu sua irmã Terezinha, de apenas três anos, atropelada por um trem, dançou a dança triste de quem sofre.
Quando cresceu, continuou dançando. Foi ator, diretor e pesquisador dedicado ao teatro. Também trabalhou com a atriz Dercy Gonçalves e com o músico Toquinho. O artista se especializou em uma técnica de dança japonesa, chamada butoh, que expressa intensamente os sentimentos do dançarino. Morou no Geisel e participou ativamente da comunidade.
Val Rai faleceu em fevereiro de 2008, aos 52 anos, vítima de uma pneumonia. A linha do trem, uma homenagem à obra do artista, faz parte de um das bioesculturas da Praça Val Rai.

CLIPPING SOCIEDADE AMIGOS DA CULTURA



JORNAL DA CIDADE – BAURU - 18/05/13 - Cultura Viva a praça viva Grupo quer inaugurar espaço e busca apoio da prefeitura, da comunidade e de empresas Mariana Cerigatto
Apontada como uma das maiores de Bauru, o “Projeto de Praça” Val Rai, localizada defronte à Escola Estadual Professor Francisco Alves Brizola, luta pela sua inauguração. Um grupo se dedica a garantir as melhorias necessárias na praça... que não é qualquer praça. “Val Rai”, localizada no bairro Jardim Olímpico, é um espaço que se transforma a cada dia pelas mãos da comunidade. Também é o primeiro espaço público que dispõe do trabalho de bioarquitetura, que agrega educação ambiental, reaproveitamento de lixo e também o lado artístico. A primeira “bioescultura” já foi feita no local, em 2009: uma homenagem a Val Rai, artista bauruense falecido em 2008. Em sua segunda fase, o projeto de praça leva o nome de “Praça Cultura Viva” e foi novamente aprovado pelo Programa Municipal de Estímulo à Cultura. Com isso, o espaço ganha força para melhorar sua infraestrutura e ampliar suas atividades. “Essa praça tem uma área de 7.200 metros quadrados e era um bolsão de entulhos. O local vem se transformando gradativamente, com a ajuda da comunidade”, conta Regina Ramos, atriz e integrante do projeto. José Augusto Marion, comerciante; e Olívia Arantes Souza, presidente da Associação dos Moradores do Geisel, são duas figuras importantes do bairro que vêm ajudando a praça a ganhar mais forma. Desde a plantação de árvores até abaixo-assinado, entregue nesta semana para a Prefeitura de Bauru. “Fizemos uma abaixo-assinado para ver o que a população gostaria que tivesse na praça. Foram coletadas aproximadamente 500 assinaturas de moradores. O documento pede por bancos, iluminação, academia ao ar livre, parquinho para as crianças e pista de caminhada”, afirmou José Augusto.
Inauguração Eliane Katayama, arquiteta que está à frente do projeto, explica que a intenção é inaugurar a praça com mais estrutura e uso constante da comunidade. “Então, o objetivo, agora, é envolver ainda mais a comunidade e buscar melhorias de infraestrutura”, sublinhou.
“Depois de pronta, será ‘praça-modelo’, pois a cidade não tem um porte de praça como essa tem, com essa bioarquitetura”, observa Olívia. “A praça em si é cultura, ela é espaço para desenvolver a cultura. Essa cultura de praça está se perdendo com tempo”, alegou o estudante de arquitetura da Unesp, Raul Sanches, que também trabalha pela melhoria do espaço. Serviço: Contato com o grupo do projeto “Praça Cultura Viva”: Regina Ramos (14) 3016-4661 e Eliane Katayama (14) 8125-5506. Bioescultura ‘Val Rai’ Na primeira fase do projeto “Praça Cultura Viva”, crianças da Escola Estadual Brizola trabalharam na construção de uma bioescultura, com bases na vida e obra do artista bauruense Valdir Aparecido Raimundo, o Val Rai. O trabalho faz referência ao último espetáculo de Val  “Lá Vem o Trem da Terezinha, o Trem que Parado Causa Dor” e à performance de butoh, que era a marca do artista.
A próxima bioescultura será uma tartaruga gigante, que vai funcionar como “trepa-trepa”. Paralelemente às atividades de bioarquitetura, outras ações integram o projeto “Praça Cultura Viva”: aulas de teatro e oficinas educação sustentável/bioarquitetura envolvem crianças atendidas pelo Cevac e alunos da Escola Estadual Professor Francisco Alves Brizola. Para ocupar os ambientes da praça, o grupo idealiza formalizar uma horta. A intenção é também fazer uma academia ao ar livre com materiais sustentáveis, como bambu e garrafa pet. Iluminação de led Uma das necessidades para o projeto de praça é a infraestrutura que possibilite iluminação, também reivindicação pontuada no abaixo-assinado entregue à Prefeitura. Eliane Katayama diz que a praça está aberta a apoiadores que queiram conceder material para iluminação de led. “O material seria concedido por uma empresa que queira apoiar o projeto da Praça Cultura Viva e a Prefeitura iria entrar com a mão de obra”, enfatiza a arquiteta. “Esse tipo de iluminação utiliza menor energia e tem maior durabilidade, diferente das utilizadas hoje em dia”, explica. Mais O projeto “Praça Cultura Viva” proposto pelo grupo Sociedade Amigos da Cultura é aprovado pelo Programa Municipal de Estímulo à Cultura da  Secretaria Municipal de Cultura. Parceiros: secretarias municipais de Cultura, do Meio Ambiente, de Obras e Agricultura, Associação de Moradores do Presidente Geisel, José Augusto Marion (representante dos moradores), Centro de Valorização da Criança, Escola da Família e Jornal da Cidade. Mutirão Por ser uma praça que busca o menor impacto ao meio ambiente, o projeto engloba uma nova concepção de escultura: a bioescultura, que que tenta utilizar materiais naturais na sua construção, como terra e bambu. Para isso, ocorrerá um mutirão de bioarquitetura nos dia 30 e 31 de maio, e também e nos dias 1e 2 de junho, das 9h às 17h na “Praça Val Rai”. Toda a comunidade está convidada para participar dessa construção coletiva.

JORNAL DA CIDADE - BAURU - 08/12/12 - Cultura
Conselho Municipal de Cultura faz eleição hoje
Da Redação
O Conselho Municipal de Cultura, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, realiza neste sábado a escolha dos representantes das áreas culturais para a composição da nova gestão do Conselho Municipal de Cultura para o mandato 2013/2014. Serão escolhidos os representantes da sociedade civil, sendo cinco titulares e cinco suplentes. A votação é aberta a toda população e acontecerá das 9h30 às 12h, no Teatro Municipal.
Os indicados das áreas artísticas devem, obrigatoriamente, representar associações da área cultural, devidamente registradas, sendo que após a realização da assembleia todos os indicados do Poder Público e da  sociedade civil serão nomeados por Decreto Municipal. As indicações para assumirem as cadeiras cativas (representantes do Poder Público e entidades) do Conselho, que conta com 27 representantes, já foram realizadas.
Os trabalhos serão abertos pelo secretário municipal de Cultura, Elson Reis, e em seguida, serão apresentados os candidatos, que terão direito a três minutos de explanação. Após a apresentação, será realizada a eleição, direta e secreta. Todos os participantes da plenária têm direito a voto. Cada participante votará em apenas um nome.
Os representantes são: Clube da Viola de Bauru - Maria Raquel Carneiro; Associação Amigos dos Museus - Henrique Perazzi de Aquino; Associação dos Artesãos de Bauru - Mariana Martins Monteleoni; Associação de Dança de Bauru - Renato Crisóstomo;  Academia Bauruense de Letras - José Carlos Mendes Brandão; Cineclube “Aldire Pereira Guedes” - José Augusto Ribeiro Vinagre; Sociedade Amigos da Cultura - André Luiz Zambelo; Instituto Cultural Yauaretê - Tito Pereira; Associação de Teatro de Bauru e Região - Luiz Joaquim Junior; Instituto Acesso Popular - Carlos Renato Moreira; Associação Bauru pela Diversidade - Marcos Augusto de Freitas; Instituto Cultural Olorokê -  Fernando Imasato Gimenez; Instituto Cultural Aruanda - Júlia de Lucca; ONG Periferia Legal – Vanderle Antonio de Oliveira e Instituto Sócio Cultural Umbanda Fest - Adílio do Nascimento.

JORNAL DA CIDADE – BAURU - 28/01/11 - Cultura
No limbo artístico Karla Beraldo
Descaso, abandono, desprezo. Esses foram os principais substantivos que pautaram o debate sobre a cultura de Bauru, nos últimos dias. A semana, que começou com um incidente marcado pelo desmaio de uma atriz durante a primeira apresentação da Mostra de Teatro Paulo Neves, trazendo à tona os velhos problemas de estrutura do Teatro Municipal, chega ao fim deixando, entre os artistas, a sensação de esquecimento.
Embora questões como a do ar condicionado quebrado e as precárias condições do único espaço público de apresentações da cidade serem velhas conhecidas da comunidade artística, o que pairou entre os profissionais que se dedicam à cultura foi o sentimento de desvalorização de seus trabalhos.
“Eu me sinto ferida, porque essa é uma situação humilhante. Esse é um momento de vergonha para nós artistas”, resume a arte educadora Regina Ramos. “A cultura precisa ser olhada com mais carinho”, sintetiza o poeta Luiz Vitor Martinello. A discussão cultural, além dos artistas, mobilizou a comunidade em geral, que, durante toda a semana, manifestou-se por meio de cartas e comentários enviados ao JC. “Descaso: Isso em Bauru já é lei?”, escreveu Wilson Carlos de Oliveira no site do jornal.
Para Mariza Basso, diretora de uma companhia bauruense de teatro, a Mariza Basso Formas Animadas, o poder público desconhece seus artistas. Com espetáculos que ganharam destaque em diversos festivais dentro e fora do País, a artista lamenta ter dificuldades em se apresentar na própria cidade. “O que é da cidade é sinônimo de má qualidade. O poder público mal sabe o que fazemos, desconhecem nossa competência e valor artístico e se ele não valoriza o artista local como a cidade terá acesso?”, questiona.
A diretora reclama ainda da falta de comunicação entre a comunidade artística e o poder público. “Tem sido muito difícil falar, ter acesso aos últimos secretários da pasta. Nada pode fazer pela Cultura uma secretaria que não recebe seus artistas, que não se interessa pelo o que eles pensam ou necessitam”, completa.
Para Regina, embora a indignação predomine no momento, os artistas devem aproveitar o
debate para refletir sobre suas ações e contribuir com o desenvolvimento cultural da cidade. “Essa discussão que tomou conta da cidade é benéfica para que a classe artística e a população se mobilizem para reverter essa realidade. Mais do que um momento de reflexão, é a hora de mudar a atitude. Precisamos nos unir mais para lutar pelos nossos objetivos e para que possamos ter orgulho e não mais vergonha”, afirma.
Artistas reconhecem desmobilização
Embora se sintam carentes em relação ao apoio do poder público, os artistas reconhecem que a falta de união e articulação entre eles dificultam a conquista de melhorias e projetos para a área de cultura.
Existente há mais de 10 anos, a Sociedade Amigos da Cultura (SAC), por exemplo, tem como maior obstáculo o que é seu principal objetivo: a aglutinação dos artistas. Embora ativa, a entidade admite que carece de representatividade.
“Isso acabou acontecendo porque as dificuldades e a desmotivação fizeram com que cada um fosse seguindo seu caminho. A SAC perdeu força para cobrar mudanças, porque cada um acabou correndo atrás das próprias necessidades”, afirma o presidente da associação, André Zambello.
“Os artistas não encontram respaldo aqui enquanto são premiados fora da cidade e no Brasil. Isso desmotiva e, como precisam sobreviver, procuram outras saídas”, explica Regina Ramos, membro da Associação de Teatro de Bauru (ATB).
Para Zambello, os artistas precisam valorizar a função política que a entidade pode ter. “Quanto mais pessoas se unirem, mais poderemos cobrar do poder público”.
De acordo com ele, essa pode ser a principal mudança na busca pelo desenvolvimento da cultura local. “De uma certa forma, se ainda existe cultura em Bauru é em função do movimento do artista, embora individual e feito de forma isolada. O importante agora é que essa busca pela viabilização de nossos trabalhos seja coletiva”, conclui ele.
“Me sinto co-responsável. O teatro, por exemplo, é dos artistas, do povo, todos deixamos que chegasse a esse ponto. Nós artistas também somos responsáveis, não dá para adormecer,
embora cansados da falta de mudanças, temos que nos movimentar”, completa Regina.
Falta consumo de cultura em Bauru, avalia prefeito
Para o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), membros da classe artística têm razão de cobrar mais da cultura. “Bauru não é uma cidade que compra e investe em cultura. Temos um investimento em cultura de massa. A cidade nunca teve tantos shows e eventos. Tanto por parte do poder público quanto da iniciativa privada”, pondera.
Rodrigo observa que, em alguns setores, a estrutura precisa ser melhorada. “Por exemplo, a dança. Em Bauru, ela acontece por vontade de artistas, dos dançarinos.” Ele explica que no ano passado aprovou projeto para criação do grupo de dança da prefeitura, que sairá em 2011 por conta de previsão orçamentária. “Com a implantação, eles terão bolsa para ajuda”, diz.
Porém, o prefeito reconhece que ainda falta investimento em estrutura e espaços. “Os artistas querem sobreviver de sua arte. Se você não tem espaço para apresentação, empresas investindo em cultura, fica complicado. Só o poder público não vai conseguir atender essa demanda.”
Ele reconhece que falta espaço fora do Centro. “Nos bairros não temos locais para a presentação. Queremos voltar com o caminhão palco, mas, mesmo assim, ele vai suprir de forma paliativa, pois é itinerante. É uma forma de conseguir levar para uma praça, um bairro, um show, um evento”, pondera.
“Eu não estou contente ainda com os resultados de todo o nosso esforço no poder público. Acho que a gente pode fazer muito mais. Mas não dá para avaliar toda a situação de cultura por conta de um problema de um ar condicionado que existe desde que o teatro foi inaugurado. Não dá para que isso seja colocado como se fosse a situação da cultura, porque isso não é verdade.”
Rodrigo enumera as ações que a prefeitura tem feito na cidade. “Não temos circo fixo na cidade, mas estamos montando uma estrutura, com equipamentos para aula. Contratamos instrutor para teatro. Temos o projeto do grupo de dança, inclusive com bolsas, mas não é para profissionais”, elenca. “Na literatura, levei a proposta de apoio do ponto de vista de
publicar artistas locais. Em patrimônio histórico, estamos analisando processo de tombamento. Já tombamos a Casa Lusitana. Desapropriamos a casa mais antiga da cidade. Mesmo que tenha sobrado pouco, tentamos preservar esse pedacinho que sobrou”, relaciona.
Ele também lembra dos investimentos feitos no Museu da Imagem e do Som, que está com projeto adiantado e no Museu da Indústria, idealizado pelo Ciesp, para mostrar a evolução econômica da cidade. “Também temos o projeto do Museu do Trem. E com a saída da Câmara para a Estação - que foi um projeto importante de preservação histórica também - teremos esse espaço a mais. Podemos levar o Museu Histórico para lá, levar a ABL. O Plenário pode receber encontros literários”, observa o prefeito.
Mas Rodrigo observa que não cabe à prefeitura patrocinar os artistas locais. “O poder público pode ser o agente fomentador. Achar que músicos, dançarinos, artistas plásticos vão sobreviver só com dinheiro público, infelizmente isso não acontece em nenhum lugar do mundo.”
Ele afirma que tem levado apresentações para periferia. “A orquestra e a banda estão entre as melhores públicas do País”, ressalta. O JC tentou falar com a secretária de Cultura, Janira Bastos, mas, até o fechamento desta edição, ela não tinha sido localizada.
Conselho de Cultura é ineficaz?
Para o produtor cultural Gabriel Ruiz, membro do Enxame Coletivo - organização que tem realizado uma série de atividades culturais em Bauru, de forma independente -, a articulação dos artistas deve ser o cerne da discussão sobre os desafios da área em Bauru. A saída, para ele, está na transformação do Conselho de Cultura em uma ferramenta verdadeiramente atuante, presente e funcional. “Falta no conselho entidades representativas que, de fato, gerenciem as políticas culturais, promovam debates, estudem mesmo onde os recursos estão sendo investidos, quais os projetos que a secretaria apoia, porque o conselho é a principal arma que a cidade tem para cobrar e desenvolver suas atividades.”
Segundo Gabriel, desde novembro, membros do Enxame acompanham as reuniões do grupo e lamentam o desinteresse de muitos artistas. “O conselho está engessado. Muitas vezes, as reuniões não acontecem por falta de coro; muitos têm cadeiras e não comparecem.”
De acordo com um dos representantes da Secretaria de Cultura no conselho, a última reunião foi realizada em dezembro e será retomada em fevereiro. A nova gestão para o próximo biênio será composta em abril. Segundo Susana Nogueira Godoy, a principal questão da pauta de discussões do próximo encontro serão as modificações necessárias para que o conselho funcione de forma eficiente. “Entre as mudanças, está a de que o presidente possa ser escolhido entre os conselheiros e não necessariamente ser o secretário e Cultura”, adianta. “A Secretaria de Cultura do Estado tem uma cadeira, por exemplo, e nunca compareceu”, completa.
O Conselho de Cultura tem 27 membros, representantes da Seplan, Semel, da Oficina Cultural “Glauco Pinto de Moraes”, do Sesc, da Universidade Paulista (Unip), das associações Bauruense Difusão Cultural, Aposentados Fundação Cesp, de Teatro, de Dança, Amigos dos Museus, da Sociedade Amigos da Cultura, da Academia Bauruense de Letras, do Cineclube “Aldire Pereira Guedes” e do Instituto Cultural Yauaretê.



JORNAL DA CIDADE – BAURU - 10/04/11 - Geral
Fórum de Cultura propõe várias mudanças no Conselho Municipal Vinicius Lousada
A fraca atuação do Conselho Municipal de Cultural foi um dos temas centrais do primeiro Fórum que discutiu o tema em Bauru. Organizado pela sociedade civil e agentes culturais, o encontro atraiu cerca de 60 pessoas para a Câmara Municipal ao longo da manhã e da tarde de ontem. De acordo com o secretário municipal de Cultura, Élson Reis, a eleição para a renovação do Conselho, que seria realizada ainda em abril, deve ser adiada para que a Secretaria encaminhe projeto à Câmara Municipal com propostas construídas pelo diálogo entre poder público e sociedade civil.
No entanto, ainda não há previsão de quando isso aconteça, pois apesar das discussões terem sido iniciadas no Fórum Municipal, ainda não foram definidas todas as diretrizes para as mudanças que serão apresentadas no projeto. “O objetivo é que o debate continue no sentido de promover as mudanças para que os membros sejam eleitos já com o conselho reestruturado”, afirma Reis.
A baixa representatividade e o fato de ser presidido pelo próprio secretário municipal de Cultura são os dois fatores apontados como os principais entraves para que o Conselho Municipal não desempenha atuação efetiva. Segundo Élson Reis, esses pontos devem ser revistos na reestruturação do órgão, que, no entanto, deve ser mantido em caráter consultivo e não deliberativo.
As reuniões do Conselho Municipal de Cultura, que deveriam ser mensais, raramente acontecem por falta de quórum. “A Secretaria de Estado da Cultura, por exemplo, tem duas cadeiras, mas dificilmente são representadas nos encontros até mesmo por questões de distância geográfica. Por essas e outras questões, essa distribuição está sendo repensada”, afirma o secretário.
Ricardo Rodrigues, presidente do Conselho Municipal de Cultura de São Carlos, considerado como referência por sua forte atuação, foi um dos convidados do Fórum e colaborou nas discussões para o avanço dos trabalhos do órgão em Bauru.
Artur Faleiros Neves, membro do empreendimento cultural independente Enxame Coletivo, que encabeçou a mobilização para o Fórum, afirma que, apesar de ser formado por 20 membros titulares, o Conselho Municipal de Cultura conta com, no máximo, oito representantes em suas reuniões mensais. “Isso é extremamente desestimulante até porque a representatividade do órgão não condiz com a realidade cultural do município”, afirma.
Segundo o agente cultural, o encontro promovido ontem deve ser considerado um momento ímpar para a reflexão sobre as questões que envolvem a cultura da cidade. “Menos de 5% dos municípios brasileiros possuem secretarias de Cultura. Nós temos uma boa estrutura, inclusive em relação ao Conselho. Basta fazer com que ele funcione da maneira correta para a promoção de políticas públicas e culturais, atuando como braço da Secretaria, com participação ativa da sociedade civil”, aponta Artur.
Membro do Conselho Municipal de Cultura de Bauru, representando o setor de Canto Coral, Antonio Carlos Arruda diz que a realização do Fórum está sendo fundamental para a identificação de novos agentes e entidades que atuam no ramo. “A renovação é fundamental para a reestruturação do conselho. Não tem cabimento a presidência ser ocupada pelo próprio secretário municipal. Quem vai fiscalizá-lo?”, questiona.
Arruda defende a descentralização das ações culturais até mesmo em eventos tradicionais como o Carnaval. “A festa no sambódromo é importante, mas precisamos levar as festas para os bairros. É fundamental que a cultura ocupe os espaços públicos. Não adiante o poder público reformar praças para que elas sejam tomadas por usuários de drogas. Temos que levar a música, a dança, o teatro e outras manifestações artísticas para esses lugares”, afirma o conselheiro.
Novas estruturas
Outra meta para a administração de Élson Reis frente à Cultura em Bauru é a criação e um Plano e um Fundo Municipal da Cultura. Além de fortalecer a estrutura de políticas públicas do setor, esse é um critério para o repasse de verbas para o município por parte do Sistema Nacional de Cultura.
Agente cultural há muitos anos, Élson Reis é o terceiro a assumir a pasta no governo Rodrigo Agostinho e tem sido bem aceito por militantes do ramo com o compromisso de manter constante o diálogo entre poder público e sociedade civil. “Quando o Enxame Coletivo nos apresentou a proposta de realização do Fórum Municipal, topamos no mesmo instante. É fundamental participar das discussões que têm como objetivo traçar o que queremos para a Cultura em Bauru”, afirma.
Fórum
O 1.º Fórum Municipal de Cultura organizado pela sociedade civil teve como objetivo articular e promover o diálogo entre produtores, artistas, agentes culturais e demais interessados. Após a mesa de debates pela manhã, os participantes se dividiram em grupos de trabalho para discutir temas como o Conselho Municipal de Cultura, fomentos para projetos e propostas para a continuidade do projeto.
O Fórum nasceu por iniciativa da sociedade civil articulada por agentes culturais do Enxame Coletivo, Instituto Acesso Popular, Ponto de Cultura Aldire Pereira Guedes, Grupo AGR (Ação, Gestão e Responsabilidade), Associação Amigos da Cultura, Associação Amigos dos Museus e a ONG Batra.
O evento contou com a participação de Leonardo Barbosa, articulador político da rede Fora do Eixo, gestor nacional do Partido da Cultura e conselheiro de cultura em São Carlos, e Ricardo Rodrigues, diretor da Rádio UFSCar, produtor do Festival Contato e presidente do Conselho Municipal de Cultura de São Carlos.

JORNAL DA CIDADE – BAURU - 07/04/11 - Cultura
Câmara de Bauru recebe I Fórum Municipal de Cultura
Articulado pela sociedade civil de forma independente, o I Fórum Municipal de Cultura será realizado neste sábado, na Câmara dos Vereadores. Mesas de debate e grupos de trabalho (GTs) dedicados às diversas áreas ( música, artes cênicas, artes visuais, patrimônio histórico, audiovisual e artes integradas) fazem parte da programação do evento, das 9h e 18h.
O objetivo do fórum, de acordo com material de divulgação, é articular e promover o diálogo entre produtores, artistas, agentes culturais e demais interessados. O I Fórum de Cultura nasceu por iniciativa da sociedade civil articulada por agentes culturais do Enxame Coletivo, Instituto Acesso Popular, Ponto de Cultura Aldire Pereira Guedes, Grupo AGR (Ação, Gestão e Responsabilidade), Associação Amigos da Cultura, Associação Amigos dos Museus e a ONG Batra.
• Serviço: I Fórum Municipal de Cultura neste sábado, a partir das 9h, na Câmara Municipal.



JORNAL DA CIDADE – BAURU - 08/12/08 - Cultura
‘Canto & Poesia’ faz hoje à noite edição de Natal
Da Redação
A Sociedade Amigos da Cultura (SAC) promove, hoje à noite, a oitava edição do projeto “Canto & Poesia”, em parceria com o grupo Expressão Poética e a Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Com a temática do Natal, o evento será realizado no Automóvel Club de Bauru, a partir das 20h30, com entrada gratuita.
Uma das atrações do evento será o re-lançamento do livro “Prenúncio” de Sônia Brandão. A poeta começou a escrever há 25 anos em Santos. Segundo material de divulgação, Sônia é adepta de uma poesia “mínima”, não precisando de muitas palavras para se expressar. A poeta já foi premiada pelo Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody, no Paraná, e no Mapa Cultural Paulista, por dois anos.
“O Nó da Cana Também Dá Garapa”, de Hélvio Tamoio também será lançado nesta noite. No livro, o cientista social permeia o universo da usina Tamoio com imagens e palavras. As bailarinas Hagatha Gabriela Vieira de Oliveira e Fernanda Simão Bertoloni, ambas de 11 anos, também participarão do evento.
Já a música ficará por conta do Coral Cênico do Celeiro da Arte da arte-educadora Madê Corrêa. No repertório, o grupo trará canções natalinas e músicas do espetáculo infantil “Uma Opereta de Natal”, em cartaz no Automóvel Club, aos domingos. Na apresentação estarão presentes os novos alunos do curso de coral cênico, realizado pela arte-educadora, de setembro a novembro.
O “Canto & Poesia” ainda terá presenças do tecladista Pedro Vitor de Azevedo Sanches, dos poetas e escritores Munir Zalaf, Luis Vítor Martinello, José Carlos Brandão, Ana Maria Machado, Mariluci Genovês Reginaldo Furtado e Mariza Poeta, e do Invasão Poética.
JORNAL DA CIDADE – BAURU - 18/09/08 - Cultura ‘Teatro na Educação’ inicia oficinas Da Redação
O projeto “Teatro na Educação”, do Núcleo Arte Oficina, da Sociedade Amigos da Cultura (SAC), inicia hoje seu novo ciclo de oficinas, voltadas a professores e educadores da rede estadual, de escolas particulares e outros interessados. O projeto foi contemplado pelo Programa Municipal de Estímulo à Cultura.
De acordo com a coordenação do projeto, o novo ciclo de atividades será realizado no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Hoje, a partir das 19h, será apresentada uma aula inaugural com a arte-educadora Regina Ramos.
O ciclo terá início na próxima semana, com a Oficina de Construção de Bonecos e Adereços de Cena, com Alessandro Brandão, quinta e sexta-feira, das 19h às 22h, e sábado das 9h às 12h e 14h às 17h. Nos dias 2, 9, 16 e 23 de outubro, a arte-educadora e diretora de teatro Madê Corrêa apresenta a Oficina Da Palavra e Ação, sempre das 19h às 22h.
Nos dias 30 de outubro, 6 e 13 de novembro, Regina Ramos coordena a Oficina de Jogos Teatrais. E nos dias 20, 21 e 22 de novembro, Val de Castro promove a Oficina da Arte de Contar Histórias (quinta e sexta-feira, das 19h às 22h, e sábado das 9h às 12h e 14h às 17h).
As inscrições podem ser realizadas na sede da Apeoesp, que fica na rua Gerson França, 9- 23, Centro. Mais informações pelos telefones (14) 3223-5171, 3016-4661 e 3016-3802.

JORNAL DA CIDADE – BAURU - 18/08/08 - Cultura
‘Canto & Poesia’ apresenta atrações no Automóvel Club
Da Redação
A Sociedade Amigos da Cultura (SAC) promove, hoje à noite, a quinta edição do projeto “Canto & Poesia”, em parceria com o grupo Expressão Poética e a Secretaria Municipal de Cultura (SMC). O evento será no Automóvel Club de Bauru, a partir das 20h30, com entrada gratuita.
De acordo com a organização, a edição integra a programação do 112.º aniversário de Bauru. Entre as atrações, está o Coral EducaNção, formado por professoras e servidoras da rede municipal de Educação. Composto por 24 pessoas, o grupo foi formado há dois anos e tem regência de Regina Damiatti. Acompanhadas por Mara Valério, as coralistas apresentarão, entre outras peças, o “Hino a Bauru”.
O “Canto & Poesia” de hoje terá participação dos poetas Munir Zalaf, Sônia Brandão, Carlos Eduardo Martins, Ana Maria Machado, Reginaldo Furtado, Cris Fernandes e Mariluci Genovez. Luis Vitor Martinello e José Carlos Brandão declamarão poemas em homenagem a Bauru.
Haverá também apresentação do violonista Tiago Antonio Galvani, com uma seleção de música instrumental, e do grupo Invasão Poética, formado por alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O Automóvel Club receberá ainda uma exposição de obras de Walther Mortari, membro honorário da Academia Bauruense de Letras.
Canto & Poesia” hoje, a partir das 20h30, no Automóvel Club (praça Rui Barbosa, 1-23, Centro). Entrada gratuita. Mais informações: (14) 3016-4661 e 3016-3802.

JORNAL DA CIDADE – BAURU - 23/06/08 - Cultura
Automóvel Club recebe hoje 4.º ‘Canto & Poesia’
Da Redação
A Sociedade Amigos da Cultura (SAC) promove nesta noite a quarta edição do projeto “Canto & Poesia”, em parceria com o grupo Expressão Poética e a Secretaria Municipal de Cultura (SMC). O evento será realizado no Automóvel Club de Bauru, a partir das 20h, com entrada gratuita.
De acordo com a coordenação do “Canto & Poesia”, o projeto pretende, hoje, resgatar um pouco da cultura popular através das festas juninas, com canções, poemas, performances e músicas ao violão.
Entre os convidados de hoje, está o Coral Feminino do Centro do Professorado Paulista (CPP), que tem mais de 20 anos de fundação e, atualmente, é composto por 30 vozes, sob a regência de Patrícia Oliveira de Carli. As integrantes devem apresentar as canções “Cuando Calienta el Sol”, “Esperança” e “Amigos Para Sempre”.
Outros convidados de hoje são os escritores e poetas Munir Zalaf, Luis Vitor Martinello, José Carlos Brandão, Sonia Brandão, Carlos Eduardo Martins e Mariluci Genovez, que declamarão textos e poesias. O músico Tiago Antonio Galvani, ao violão, leva ao evento canções do repertório sertanejo, como “Menino da Porteira” e “Estrada da Vida”.
O músico e compositor Dan Corrêa, ao lado de seu filho, também participa do “Canto & Poesia”. Eles devem relembrar algumas cantigas da infância e mostrar composições próprias, como “Um Tar de Siricutico” e “Peão da Cidade”.
A atriz e diretora Madê Corrêa será responsável por outra parte da diversão. Durante a noite, ela interpretará Nhá Chiquinha, uma caipira muito engraçada com seu figurino característico e sotaque caipira, para declamar um texto do famoso Ambrosino da Serra, chamado “Poema de Amor na Festa de São João”. Na hora, ela vai contar quem é esse poeta.  Haverá ainda algumas delícias das festas juninas, como pipoca, amendoim salgadinho, maria-mole, pé de moleque, doce de leite, doces de batata roxa, de abóbora e outras.
• Serviço
Projeto “Canto & Poesia” hoje, a partir das 20h, no Automóvel Club de Bauru (praça Rui Barbosa, 1-23, Centro). Entrada gratuita. Mais informações pelos telefones (14) 3016-4661 e 3016-3802.

JORNAL DA CIDADE – BAURU - 19/02/07 - Geral
Batucada agita Carnaval no Ouro Verde
Da Redação
O Núcleo de Percussão Ouro Verde 100% Arte promove uma batucada de Carnaval com os mais variados ritmos brasileiros pelas ruas do Jardim Ouro Verde, hoje a partir das 19h. Além da bateria, cinco bonecos construídos pelo artista plástico Sérgio Segal e um confeccionado em oficina ministrada aos moradores do bairro animarão a festa.
O núcleo foi criado em 2002 por meio de uma parceria firmada entre moradores do bairro e membros da Sociedade Amigos da Cultura (SAC). Em 2005, o projeto foi contemplado pelo Programa de Estímulo à Cultura. São cerca de 25 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, que ensaiam duas vezes por semana no centro comunitário do bairro. Coordenado por Daniel Pereira, o grupo trabalha com pesquisa e composições autorais de músicas e ritmos brasileiros.
No ano passado, o núcleo realizou o I Festival Ouro Verde 100% Arte, que reuniu no bairro diferentes estilos da cultura popular de Bauru, como música, teatro, dança e artes plásticas. Com o sucesso do festival, o grupo já planeja e organiza a segunda edição do evento.
Mais informações: (14) 3235-1193.


JORNAL DA CIDADE - 16/12/07 - JC Cultura
Cultura periférica
Documentário ‘Fora de Circuito’ e CD ‘Ouro Verde Ritmos Brasileiros’ registram a efervescência cultural do bairro
Adriana Fricelli
Com uma câmera mini-DV ligada, alunos de rádio e TV da Universidade Estadual Paulista (Unesp) esperam o ônibus na altura da Praça da Paz na avenida Nações Unidas. O coletivo pára e o letreiro anuncia o destino: Ouro Verde, um bairro no mínimo longe - quando não desconhecido - dos lugares que esses universitários costumam freqüentar.
Na avenida Rodrigues Alves, quando o circular passa em frente à Câmara Municipal, ouve- se a batida forte de um bumbo e a imagem do Segundo Poder de Bauru fica de cabeça para baixo. Estas cenas marcam o início do documentário “Fora de Circuito”, atualmente em fase de edição, com previsão de lançamento para a próxima semana no Automóvel Club.
O vídeo vai registrar momentos do 1.º Festival Ouro Verde 100% Arte, evento realizado em novembro do ano passado e que se diferenciou por mudar a rota cultural ao levar apresentações gratuitas de música, teatro, dança e oficinas de arte à periferia. “O documentário vai sendo contado através das imagens e das falas das pessoas”, diz o coordenador do projeto e produtor e roteirista do vídeo, Daniel Pereira.
“Fora de Circuito” é um documentário de vários temperos, com pitadas de política, cultura e até mesmo de sociologia. “Como houve a discussão em relação à lei (Municipal de Estímulo à Cultura), vamos questionar a Câmara. Também vamos mostrar imagens das oficinas que rolaram no Festival. Terá depoimentos dos universitários dizendo como é ir para a periferia e dos próprios moradores falando sobre sua cultura”, conta Pereira.
De todas as lições tiradas durante o processo inédito de produção e edição de um documentário – tarefa que contou com a ajuda do motorista José Luiz de Oliveira Coutinho – o músico autodidata e biólogo por formação, Daniel Pereira, destaca a maior delas: “Bauru vive numa miséria cultural. Ao fazer o documentário, percebi que a
demanda cultural na cidade é gigantesca. Tem muita gente querendo fazer, mas que não recebe apoio”, afirma o coordenador.
Lançamento duplo
O projeto Núcleo de Percussão Ouro Verde 100% Arte existe desde 2002 por meio da parceria firmada entre moradores e membros da Sociedade Amigos da Cultura (SAC). São cerca de 30 pessoas, de 4 a 33 anos, que ensaiam duas vezes por semana no centro comunitário do bairro.
Em 2005, o projeto, enviado pela SAC, foi contemplado com R$ 20 mil pelo Programa Municipal de Estímulo à Cultura. Com o recurso, foram feitas adequações no Centro Comunitário para os ensaios da bateria, além da contratação do coordenador Daniel Pereira, responsável por incrementar outros ritmos brasileiros ao samba.
Como resultado do seu trabalho, Pereira vai lançar, juntamente com o documentário, o CD “Ouro Verde Ritmos Brasileiros”. Serão nove faixas, gravadas em novembro deste ano no Teatro Municipal, em que os instrumentos surdo, repique, chacoalho, cavaco e tambor executam maracatu, baião, ciranda, samba e partido alto.
“Vamos vender 100 cópias (50 de cada produto) e mandar para festivais de todo o Brasil. Mas, se a pessoa não tiver o dinheiro, eu quero mais é que pirateie, porque o interessante é que essa cultura seja conhecida e se fortaleça”, defende o coordenador, que lamenta a não realização da segunda edição do festival neste ano. “Era para ter acontecido novamente em 2007, mas faltou dinheiro, tempo, vontade, força”, conclui.


A Sociedade Amigos da Cultura é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, foi criada em junho de 1995, em Bauru (SP), com o objetivo inicial de promover ações visando a atualização dos acervos das bibliotecas públicas do município, incentivando o gosto pela leitura e democratizando o acesso da arte e cultura à população de nosso município. Nestes 18 anos muitas ações culturais foram promovidas pela SAC conforme reza o seu estatuto, co m objetivo de criar, apoiar, implementar projetos e impulsionar o desenvolvimento cultural do município e da coletividade.
A instituição é representada por uma diretoria composta por oito membros legalmente eleitos, para mandato de dois anos, com corpo de associados formado por cidadãos comuns e artistas organizados em Núcleos Culturais.
Até o ano de 2001 a entidade foi chamada SAB – Sociedade Amigos da Biblioteca e produziu ou apoiou os seguintes eventos: Geradores do Riso, evento de resgate da arte circense; Biblioteca não entra em férias, série de eventos nas bibliotecas durante as férias como teatro, pintura, contação de histórias; Projeto Pequeno Cidadão, atividade que visa mostrar o papel dos poderes legislativo, executivo e judiciário aos jovens e crianças da rede oficial de ensino por meio de palestras, visitas e vivências; Projeto Vamos Brincar de Ler, adaptação de livros da literatura nacional para o teatro e exibição nos espaços públicos como praças e escolas da cidade com a finalidade de incentivar a leitura e promover a literatura nacional. A instituição também é responsável pela formação de diversas bibliotecas como a do Instituto Penal Agrícola e Hospital de Base.
A partir de 2001, com a necessidade de ampliar o seu leque de ações, sua razão social foi alterada para Sociedade Amigos da Cultura e iniciou-se então uma nova caminhada.
Em 2002 foi iniciado o Projeto Cultural Ouro Verde 100% Arte: Oficinas de informática, dança, jornal, sessões de cinema, rap, percussão, construção de instrumentos de percussão, palestras sobre cidadania começaram a modificar a rotina do centro comunitário do bairro Jardim Ouro Verde, em Bauru.
Em 2004 a entidade participou do Programa Municipal de Estímulo à Cultura da Prefeitura Municipal de Bauru através de seus núcleos associados e teve, nos dois editais, sete projetos aprovados: Pé de Breque, brinquedoteca móvel que percorreu cinco praças da cidade durante todo o ano, resgatando brincadeiras e jogos infantis; Prometeu é Fogo, espetáculo de teatro juvenil; Simulacro, pesquisa em teatro contemporâneo; Viva Cultura, Teatro Educação Ambiental da Cia Giralua de ArtesDia de Visita – Comunicação e Arte no Cárcere, desenvolvido na Penitenciária II de Bauru e o projeto Alegria, Alegria, com o Núcleo Andanças.
Em 2005 a entidade participou novamente do Programa de Estímulo a Cultura e teve os seguintes projetos aprovados: Ouro Verde 100% Arte, expansão do projeto já desenvolvido no Bairro Ouro Verde; Projeto Anima, projeto de cerâmica que acontece no centro comunitário do Jardim Nove de Julho, em Bauru, e que vem atingindo os seus objetivos de geração de renda e de resgate da autoestima através da modelagem da argila.
Em 2006, a SAC teve mais projetos aprovados no Programa Municipal de Estímulo à Cultura e apoiou o Festival Cultural Ouro Verde 100% Arte, que fez parte do projeto que está em andamento no bairro. O evento reuniu no Jardim Ouro Verde cerca de duas mil pessoas em doze horas de música, arte, higiene, cidadania e muita alegria.
Em 2007 foi lançado o Projeto: Canto & Poesia para expressar arte e cultura por meio da música e da poesia, completando sua oitava edição em 2008, no Automóvel Club de Bauru.
Em 2008 foi desenvolvido o Projeto “Teatro na Educação”, aprovado pelo Programa Municipal de Estímulo à Cultura, com oficinas de contação de histórias, criação de textos e histórias infantis, confecção de bonecos, na Universidade do Sagrado Coração, no NAPEM e na APEOESP, para professores, alunos e demais interessados.
No final de 2008, foi contemplado o Projeto “Praça Cultura Viva”, realizado na Praça Valdir Aparecido Raimundo “Val Raí”, no Bairro Presidente Geisel, com oficinas de Bioarquitetura e a construção de uma bioescultura, resultado das Oficinas de Argila, em 2009.
Em final de 2011, a SAC participou do edital do Programa Municipal de Estímulo à Cultura com o Projeto “Praça Cultura Viva - 2ª Fase”, foi aprovado e está atualmente em andamento.
A instituição mantém parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Bauru, a Oficina Cultural “Glauco Pinto de Moraes” da Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo, Casa de Cultura Celina Neves, dentre outros.
Em 2013 a Sociedade Amigos da Cultura, através do Nucleo Artístico associado, Cia Giralua de Artes, foi contemplada com a premiação do ProAC no edital Didusão de Acervos Museológicos com o projeto "Memórias da Ferrovia em Bauru"
Em 2013 inicia-se uma nova gestão na diretoria da associação, a qual tem como missão resgatar e valorizar as atividades primordiais da Sociedade Amigos da Cultura em suas parcerias, apoiar e fomentar novos projetos artísticos culturais junto a comunidade com ações culturais promovidas pela SAC abrangendo todo o município, envolvendo seus núcleos associados e buscando a formação de uma rede de profissionais da arte e integração de novos parceiros e apoiadores.
A Sociedade Amigos da Cultura, em sua trajetória, foi criada e mantida para promover cultura e arte no município de Bauru, dando uma especial importância aos bairros, no intuito da descentralização das atividades culturais. Desta forma, busca agregar na cidade e em toda a região o conceito da vivência da arte com função de humanização, transformação social, de melhoria da qualidade de vida.